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domingo, 10 de outubro de 2010

Escolas ou gaiolas?

Li um texto de Rubéns Alves, que me fez refletir sobre o ensino/aprendizagem do Brasil. O texto tem como título "Gaiolas e asas". Diante dessa reflexão surgiu a pergunta: nossas escolas são gaiolas ou asas?Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-las para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o vôo. Essas "escolas gaiolas" são as que adotam um sistema opressor de ensino, nela o aluno é visto como um disquete virgem, em que o professor deposita todo o conteúdo teórico que o programa pedagógico manda, sem levar em conta uma aprendizagem significativa.                       (Texto de Carmem)

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Praça: maquete de uma nova cidade

No mês passado (setembro/2008) fui convidado por um dos acessores do atual prefeito (Reinaldo Pinheiro) para ser a “voz evangélica” na inauguração da Praça Rui Barbosa.  Aceitei o convite por entender que o meu ministério ultrapassa os limites do arraial eclesiástico. Sou pastor da igreja Batista de Jequiezinho, mas, também, pastor da cidade de Jequié. Gostaria de retomar algumas idéias expostas naquela ocasião, aproveitando o ensejo da celebração do aniversário da nossa cidade, para refletir sobre a Praça enquanto maquete de uma nova cidade.  
A praça é um espaço eminentemente social. A Praça é simbolicamente o espaço de encontros. A cidade, por sua vez, é o espaço dos desencontros, da competição, da violência, da injustiça. Entretanto, nesses tempos capitalistas a praça tem perdido a sua significação fundamental. O espaço que deveria ser de encontros tem se tornado meramente num espaço de consumo.
A praça, portanto, precisa reencontrar-se com a significação do seu condicionamento histórico/simbólico. A praça deve ser o lugar de encontro com o outro, contrastando com a cidade que teimosamente insiste em ser o lugar de opressão do outro.  
Olhar para praça é contemplar a possibilidade de uma nova arrumação social. A praça é um espaço de esperança... Esperança de uma cidade mais humana, mais solidária, mais viva, mais fraterna.
Sendo espaço de encontro com o outro, a praça torna-se também um espaço de encontro (reencontro) com o sagrado. Posto que no encontro com o outro (próximo), encontramo-nos com o grande OUTRO (Deus).  
No Gênesis, a narrativa mitológica da criação nos diz que Deus passeava todas as tardes com o ser humano no jardim. Contudo, o jardim foi trocado pela cidade. Hoje é um excelente dia para voltarmos a caminhar com Deus. Ele como sempre nos aguarda no jardim da vida, ou quiçá, numa praça, desejando fazer da nossa existência uma eterna caminhada na presença e companhia d’Ele.
O meu desejo e esperança é que a nossa cidade seja uma grande praça. Que a cidade de Jequié seja espaço de encontro consigo mesmo, de encontro com o outro, de encontro com Deus (Zacarias 8:1-8/Isaías 65:17-25).
                                                                    Josias Novais

sábado, 25 de setembro de 2010

Instantes

 Se eu pudesse viver novamente a minha vida,  Na próxima trataria de cometer mais erros.  Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais. Seria mais tolo ainda do que tenho sido. Na verdade, bem poucas pessoas levariam a sério.  Correria mais riscos,  Viajaria mais, contemplaria mais entardeceres,  Subiria mais montanhas, nadaria mais rios.  Iria a mais lugares onde nunca fui,  Tomaria mais sorvete e menos lentilha,  Teria mais problemas reais e menos imaginários.  Eu fui uma dessas pessoas que viveu  Sensata e produtivamente cada minuto da sua vida.  Claro que tive momentos de alegria.  Mas, se pudesse voltar a viver, Trataria de ter somente bons momentos.  Porque, se não sabem, disso é feito a vida:  Só de momentos - não percas o agora. Eu era um desses que nunca ia a parte alguma  Sem um termômetro, uma bolsa de água quente,  Um guarda-chuva e um pára-quedas;  Se voltasse a viver, viajaria mais leve. Se eu pudesse voltar a viver,  Começaria a andar descalço no começo da primavera  E continuaria assim até o fim do outono. Daria mais voltas na minha rua,  Contemplaria mais amanheceres  E brincaria com mais crianças,  Se tivesse outra vez uma vida pela frente. Mas, já viram, tenho 85 anos  E sei que estou morrendo. (texto de Jorge Luiz Borges)
Postado por Daniela Nunes

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Aprendizagem significativa segundo Ausubel

Aprendizagem significativa é o processo através do qual uma nova informação (um novo conhecimento) se relaciona de maneira não arbitrária e substantiva (não-literal) à estrutura cognitiva do aprendiz. É no curso da aprendizagem significativa que o significado lógico do material de aprendizagem se transforma em significado psicológico para o sujeito.
.                                                                                                                 Para Ausubel, a aprendizagem significativa é o mecanismo humano, por excelência, para adquirir e armazenar a vasta quantidade de idéias e informações representadas em qualquer campo de conhecimento.
                                                                                                (Carmem)

terça-feira, 21 de setembro de 2010

DA ANOMIA À AUTONOMIA

A etapa da "anomia" é, geralmente, a etapa das crianças pequenas: com seu egocentrismo natural da infância, elas querem fazer somente o que desejam, sem considerar os outros e sem seguir regras e normas, pois ainda não aprenderam e não assimilaram essas regras e normas do meio social. As crianças vão saindo, gradativamente, dessa etapa, mudando para uma nova etapa evolutiva, a da "heteronomia", através do convívio com as outras pessoas e estimuladas pela educação e influências culturais que recebem. Nessa nova etapa, as crianças já aprenderam e conhecem as regras e normas que devem seguir, mas ainda estão dependentes dos adultos, e aguardam que alguém decida por elas, ainda ficam esperando que os outros digam o que elas devem fazer. Fazem só o que mandam fazer ou fazem se sofrerem pressão social do grupo onde vivem. Já a fase da autonomia esta relacionada aos objetivos que a sociedade deseja atingir, com a humanização e a socialização das pessoas. Sabe-se que uma pessoa está agindo com “autonomia” quando ela já tem consciência das regras e normas da sociedade onde vive, seguindo-as, e suas ações são feitas por iniciativa própria sem a influência e a necessidade de alguém ficar mandando fazer, tendo a liberdade de escolha entre as ações, seja para fazer alguma coisa, para pensar ou para utilizar seus juízos morais. A sociedade considera que uma pessoa está nessa etapa almejada, quando ela desenvolveu o autocontrole, a autocrítica (não absorve passivamente as informações, mas as transforma), tem consciência do certo e do errado, tomando as decisões sobre quais comportamentos deve ter. Quando uma pessoa age com "autonomia", ela está demonstrando que internalizou os valores morais de seu meio ambiente, é fiel a eles, tem atitudes baseadas neles e não por ter receio de sanções externas. E quando age com "autonomia" está utilizando a sua razão, conforme dizia o filósofo alemão prussiano Immanuel Kant ou está utilizando seus próprios juízos morais e de valor, construídos através do relacionamento com as outras pessoas, conforme era o pensar do pedagogo suíço Jean Piaget.
                                                                                                (Carmem)

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

DIALOGISMO

   Dialogismo é o que Mikhail Bakhtin define como o processo de interação entre textos que ocorre na polifonia; tanto na escrita como na leitura, o texto não é visto isoladamente, mas sim correlacionado com outros discursos similares e/ou próximos. Em retórica, por exemplo, é mister incluir no discurso argumentos antagônicos para poder refutá-los.
  Dialogismo se da à partir da noção de recepção/compreensão de uma enunciação o qual constitui um território comum entre o locutor e o locutário. Pode se dizer que os interlocutores ao colocarem a linguagem em relação frente um a outro produzem um movimento dialógico.
  Segundo Bakhtin, o diálogo pode ser definido como "toda comunicação verbal, de qualquer tipo que seja".  A palavra chave da linguística bakhtiniana é diálogo.
                                                                                                                                (Carmem)

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Curso de Letras

   A graduação em Letras é um curso que permite lecionar Língua Portuguesa, Língua estrangeira e Salas de Leitura para o segundo ciclo do Ensino Fundamental (5ª à 8ª séries) e Ensino Médio.
Permite também trabalhar em aulas de reforço na própria escola ou em aulas particulares, em cursos preparatórios para o vestibular; na revisão de originais em livrarias e editoras, no ensino de Literatura Brasileira, Literatura Portuguesa e/ou Literatura de língua estrangeira (dependendo da habilitação que o curso ofereça).

   Existem cursos bilíngües, trilíngues e tetralíngues (Habilitação Português/Inglês, Português/Francês, Português/Espanhol, Português/Guarani) e outros que oferecem apenas uma língua. Há ainda os cursos que oferecem a habilitação de tradutor ou intérprete, com alguns meses a mais. Com uma pós-graduação, pode-se reger aulas em universidades, em áreas como Didática, História e Teoria da Literatura, Literatura Universal, etc. Ao fazer um curso de aperfeiçoamento em administração escolar, pode-se ainda concorrer ao cargo de diretor(a) escolar...
     O objetivo do Curso de Letras é formar profissionais na área de linguagem, capacitá-los para o ensino de língua materna, língua estrangeira, além do planejamento lingüístico-social. O curso capacita profissionais para atuarem nos ensinos Fundamental e Médio, cursos de idioma. Seus alunos passam por momentos de reflexão e crítica permitindo-lhes estabelecer vínculos entre língua, literatura e seu próprio mundo, produzem novos conhecimentos tendo a pesquisa como eixo metodológico. Além do magistério, o graduado em Letras está capacitado para trabalhar como redator, revisor, tradutor, escritor e consultor de texto em redações.
         Daniela Nunes